P
ara iniciarmos sobre energias renováveis, primeiramente, temos que conhecer nossa matriz energética e suas porcentagens, dê uma olhada:
Poucos sabem que o Brasil é um dos países que mais contribuem como exemplo mundial, mas será que essa característica é boa para o Brasil? Atualmente, aproximadamente 92% (noventa e dois por cento) da energia produzida provêm de fonte hidráulica (Centrais Hidroelétricas) e certamente já sabemos que essas proporcionam danos ambientais cada vez mais questionáveis e irreversíveis ao meio ambiente. Além da sua instabilidade, como observamos em um passado recente, com o racionamento de energia vivido em 2001 e o risco de racionamento de 2014, o qual somente não se concretizou por razões políticas (subsídios) e cujas contas pagamos até hoje com os reajustes de energia muito acima da inflação. Sabendo que o consumo energético no Brasil e no mundo é algo que cresce ano a ano, temos boas perspectivas para o futuro, tendo um panorama que nos mostra, atualmente, o forte crescimento de investimentos em energia eólica no Brasil, que hoje já representa 10,8% da geração de energia. O futuro nos leva ao SOL como fonte primária de energia, que hoje corresponde a apenas 0,1% da matriz energética, porém, é abundante em toda parte do Brasil. A grande tacada do presente é o investimento em sistemas solares de geração de energia por vários motivos: fácil captação, armazenamento de energia e instalação dos sistemas fotovoltaicos. Além de a própria EPE projetar para 2040 um cenário no qual a energia solar fotovoltaica ocupe o papel de protagonista da produção de energia, sendo responsável por 32% da matriz energética, ou seja, representado um aumento de 320 vezes em relação à situação em 2018. As vantagens são muitas: · Energia Limpa e renovável, 100% sustentável. · Valoriza seu imóvel em até 10%. · Economia imediata e proteção contra aumentos. · Excedente gera crédito válido por 5 anos. · Geração compartilhada: dividir os benefícios. · Incentivos fiscais, legais, facilidades de pagamentos e financiamentos já existentes.
Em entrevista com um dos diretores, Bruno Quatrochi, de uma das empresas referência no mercado, a NEXTi Soluções Energéticas, abordamos alguns fatores que são totalmente relevantes quando se fala em Energia Solar:
-Qual o potencial do Brasil em geração de energia Solar, comparado a outros países? “O Brasil é um dos países com maior incidência solar do mundo, cerca de 5,4 quilowatt-hora/metro quadrado – mais do que Estados Unidos, China e Alemanha, por exemplo. No entanto, em termos de capacidade instalada de geração fotovoltaica, o Brasil tem apenas um gigawatts. A China, por exemplo, tem 130 gigawatts. No entanto, o cenário parece estar se revertendo. Em 2016, o número de microgeradores de energia solar cresceu 407% em relação ao ano anterior, segundo dados da Aneel. A expansão acentuada aconteceu principalmente em residências (80%). Para 2024, o órgão estipula que serão 886,7 mil unidades consumidoras que receberão créditos dessa energia, totalizando uma potência instalada de aproximadamente 3,2 GW. ” -Momento atual que a Energia solar está vivendo? “Acordamos tarde para o setor de energia que mais cresce no mundo, mas a boa notícia é que acordamos para o “verão da energia solar”. Chamo de verão este período que começa agora para o setor não por causa dos dias quentes que teremos nos próximos meses, mas sim pois a tecnologia fotovoltaica, que continua em pleno desenvolvimento tecnológico, atingiu um ponto onde os custos dos equipamentos já não são mais uma barreira de entrada e a energia produzida pelas placas fotovoltaicas, fica cada vez mais barata. ” -Porque a Energia Solar é tão atraente até para pequenos e médio consumidores? “Na maioria dos estados brasileiros a energia solar, em sua modalidade “distribuída”, onde as placas são instaladas diretamente sobre o telhado daqueles que vão utilizar a energia, já tem um payback de 4 a 6 anos. Ou seja, após este período a energia produzida pelos painéis será praticamente grátis! Em questão de 5 a 7 anos a energia solar fotovoltaica será mais barata que a energia gerada pelas hidrelétricas se tornando assim a fonte mais competitiva. ”